Os ratings da Standard & Poor’s Ratings Services atribuídos ao Banco Safra S.A. (Safra) refletem a menor rentabilidade do Safra quando comparada a dos pares; as pressões sobre suas margens derivadas do aumento nos custos de funding; e a sua dependência dos recursos captados de investidores institucionais. Dentre os fatores que contrapõem parcialmente esses aspectos negativos estão o longo histórico de atuação do Safra em seu principal negócio: o atendimento às empresas de pequeno e médio porte; a sua carteira de crédito historicamente sólida atrelada a uma política de concessão de crédito conservadora; a sua forte franquia; e o comprometimento e reputação de seu acionista controlador.
O Safra é um banco brasileiro tradicional. O atual acionista Joseph Safra pertence à terceira geração de banqueiros da Família Safra, cuja atuação nos negócios bancários soma cerca de 200 anos e é a controladora do banco desde sua fundação em 1957. O rating de crédito de contraparte de longo prazo do Safra está um degrau acima de sua qualidade de crédito stand-alone, uma vez que, na opinião da Standard & Poor’s, o banco se favorece do comprometimento de seu acionista controlador, que também usufrui de outras fontes pessoais de riqueza. Além disso, o Safra se beneficia de sua expertise bancária no segmento corporate e da posição relativamente boa nas operações de investment banking decorrentes do bom relacionamento do acionista controlador com indivíduos de alta renda.